Você tem o costume de dizer “né?”, “tá”, “ãããã”, “humm” no final das frases ou nas pausas? Veja como resolver esses vícios de linguagem!

Veja como os vícios comprometem sua comunicação e, consequentemente a sua credibilidade

Muitas pessoas não percebem, mas frequentemente acabam utilizando pequenas expressões como “né?”, “tá” ou sons como “ããã” ao final das frases ou durante pausas em suas falas. Esses termos, embora possam parecer inofensivos, podem comprometer a clareza e a eficácia da comunicação e além disso serem muito irritantes. Se você já se pegou contando quantas vezes alguém usou “né?” durante uma apresentação, sabe como isso pode distrair. Aqui está um guia para ajudar a eliminar esses vícios de linguagem e melhorar sua forma de se expressar.

Identificação dos vícios de linguagem

O que são vícios de linguagem?

Vícios de linguagem são repetições de palavras ou sons que usamos quase automaticamente no discurso, servindo como uma espécie de apoio quando estamos incertos, inseguros ou pouco preparados, ou seja, transmitem insegurança. “Né?”, uma abreviação de “não é?”, é um dos mais comuns e é frequentemente usado para buscar confirmação do ouvinte sobre algo que acabamos de dizer. Outros exemplos incluem “tá” e o prolongamento indevido do som “ããã”, que ocorre quando estamos buscando as palavras certas para continuar nossa fala.

Impacto no ouvinte

Quando essas muletas são usadas excessivamente, elas podem se tornar o foco da atenção, tirando a ênfase do conteúdo que está sendo apresentado. Isso pode transmitir uma imagem de insegurança ou falta de preparo, o que é especialmente prejudicial em situações formais como entrevistas de emprego, apresentações ou conversas importantes.

Vícios de linguagem são irritantes

Ouvir alguém repetir “né?”, “tá”, “ããã”, “aham”, “humm” constantemente durante uma conversa pode ser bastante irritante. Essas muletas linguísticas, quando usadas em excesso, não apenas interrompem o fluxo natural do discurso, mas também podem dar a impressão de que a pessoa está constantemente buscando aprovação ou incerta sobre o que está dizendo.

Imagine tentar se concentrar no conteúdo de uma apresentação, mas cada frase é pontuada com um “né?” inseguro ou um prolongado “ããã” enquanto o falante busca pela próxima palavra. Isso pode fazer com que o ouvinte perca o interesse ou até mesmo duvide da competência do falante, já que essas repetições frequentes tendem a distrair e podem fazer parecer que o falante não está bem preparado ou não é confiante em sua exposição.

Além disso, essas pausas e interjeições repetitivas podem tornar uma conversa menos dinâmica e mais previsível, o que acaba por frustrar ou até mesmo irritar quem ouve, especialmente em contextos onde a clareza e a brevidade são valorizadas. Portanto, a superabundância desses vícios linguísticos pode realmente minar a eficácia da comunicação e afetar negativamente a percepção do ouvinte sobre o falante.

Você tem o vício de dizer "né?", "tá", "ãããã", "humm" no final das frases ou nas pausas? Veja como resolver!
Você tem o vício de dizer “né?”, “tá”, “ãããã”, “humm” no final das frases ou nas pausas? Veja como resolver! Imagem: O Imparcial

Como eliminar os vícios de linguagem?

Eliminar vícios de linguagem é uma ótima maneira de aprimorar suas habilidades de comunicação e apresentar uma imagem mais profissional ou confiante. Aqui estão dez dicas práticas para ajudá-lo a reduzir ou eliminar esse uso:

  1. Consciência: O primeiro passo é reconhecer seus próprios vícios de linguagem. Preste atenção ao que você diz durante as conversas ou peça feedback de pessoas próximas.
  2. Pausas conscientes: Ao invés de preencher as pausas com “né?”, “tá”, ou “ããã”, tente fazer uma pausa silenciosa. Isso dá tempo para organizar seus pensamentos sem usar muletas.
  3. Preparação e prática: Antes de eventos importantes como apresentações ou reuniões, prepare-se com antecedência. Pratique o que você vai dizer para minimizar a ansiedade e a necessidade de usar vícios de linguagem.
  4. Fale devagar: Diminuir o ritmo da fala ajuda a pensar antes de falar e reduz a probabilidade de recorrer a muletas linguísticas.
  5. Gravação de voz e vídeo: Grave suas conversas ou treinos de fala e ouça as gravações. Identificar vícios de linguagem em sua própria fala pode ser uma revelação e um forte motivador para mudar.
  6. Exercícios de dicção e articulação: Praticar exercícios de dicção e articulação pode ajudar a melhorar sua clareza e reduzir a dependência de vícios de linguagem.
  7. Amplie seu vocabulário: Ler mais e aprender novas palavras pode dar a você mais opções para expressar suas ideias e reduzir a repetição de palavras e sons.
  8. Feedback construtivo: Peça a amigos, familiares ou colegas que apontem quando você usar muletas linguísticas. O feedback em tempo real é muito valioso.
  9. Participação em grupos de fala: Junte-se a clubes de oratória como o Toastmasters, onde você pode praticar a fala em público e receber feedback construtivo de outros membros.
  10. Meditação e exercícios de respiração: A ansiedade pode aumentar o uso de vícios de linguagem. Práticas como meditação e exercícios de respiração podem ajudar a acalmar sua mente e controlar melhor sua fala.

Ao aplicar estas dicas, você deve começar a notar uma melhora na fluência e confiança ao falar, contribuindo para uma comunicação mais clara e eficaz.

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