Vozes verbais: o que são e como usá-las
Veja como identificar e utilizar cada uma delas para expressar ações de forma clara.
Vozes verbais, ou vozes do verbo, são formas que indicam se o sujeito da oração pratica ou sofre a ação expressa pelo verbo. Portanto, não há voz verbal em orações sem sujeito. Há três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.”
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Vozes verbais
As vozes verbais no português são formas que o verbo assume para indicar a relação entre o sujeito da oração e a ação expressa pelo verbo. Elas mostram se o sujeito é quem pratica a ação, quem recebe a ação ou, ainda, se a ação recai sobre ele próprio. Existem três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.
Na voz ativa, o sujeito é o agente da ação, ou seja, é quem realiza a ação descrita pelo verbo. Por exemplo, em “Amanda escreveu a carta”, “Amanda” é o sujeito que pratica a ação de escrever.
Na voz passiva, o sujeito é o paciente da ação, isto é, ele sofre ou recebe a ação. A construção típica da voz passiva envolve o uso de locuções verbais com o verbo “ser” seguido do particípio do verbo principal. Por exemplo, em “A carta foi escrita por Amanda”, “a carta” é o sujeito que recebe a ação de ser escrita.
Na voz reflexiva, o sujeito realiza e, ao mesmo tempo, recebe a ação. Em outras palavras, a ação recai sobre o próprio sujeito. Isso é indicado pelo uso de pronomes reflexivos, como “se” ou “me”. Por exemplo, em “Amanda se machucou”, “Amanda” é o sujeito que pratica e sofre a ação de machucar-se.
Em resumo…
Voz ativa
A voz ativa é uma das formas de conjugação verbal na língua portuguesa onde o sujeito da oração é quem realiza a ação expressa pelo verbo. Em outras palavras, na voz ativa, o sujeito é o agente da ação. Esta construção é direta e costuma ser a mais utilizada na comunicação cotidiana por sua clareza e simplicidade.
Exemplos
- “Túlio escreveu um livro.”
- Sujeito (agente): Túlio;
- Verbo: escreveu;
- Objeto (quem recebe a ação): um livro.
Aqui, “Túlio” é o sujeito que realiza a ação de escrever, e “um livro” é o objeto que recebe a ação.
- “Anna lê um livro.”
- Sujeito (agente): Anna;
- Verbo: lê;
- Objeto (quem recebe a ação): um livro.
Nesta frase, “Ana” é o sujeito que realiza a ação de ler, e “um livro” é o objeto que recebe a ação.
Voz passiva
É uma forma de conjugação verbal na língua portuguesa em que o sujeito da oração é o paciente da ação, ou seja, ele sofre ou recebe a ação expressa pelo verbo. A ação é realizada por um agente da passiva, que pode ou não ser explicitamente mencionado. A voz passiva é frequentemente usada quando se quer dar ênfase ao objeto da ação, em vez de ao agente que a realiza.
Exemplos
- “A carta foi escrita por Lucas.”
- Sujeito (paciente): a carta;
- Verbo auxiliar: foi;
- Particípio passado: escrita;
- Agente da passiva: por Lucas;
Aqui, “a carta” é o sujeito que recebe a ação de ser escrita, e “Lucas” é o agente que realiza a ação.
- “O livro está sendo lido por Anna.”
- Sujeito (paciente): o livro;
- Verbo auxiliar: está sendo;
- Particípio passado: lido;
- Agente da passiva: por Anna.
Nesta frase, “o livro” é o sujeito que recebe a ação de ser lido, e “Anna” é a agente que realiza a ação.
Voz reflexiva
É uma forma especial de conjugação verbal em que o sujeito realiza e, ao mesmo tempo, sofre a ação expressa pelo verbo. Em outras palavras, o sujeito é quem pratica a ação sobre si mesmo.
Isso é indicado pelo uso de pronomes reflexivos que concordam em pessoa e número com o sujeito da oração. A voz reflexiva é comumente utilizada para expressar ações que o sujeito faz a si mesmo, como lavar-se, pentear-se, vestir-se, etc.
Exemplos
- “Julia se penteia todos os dias.”
- Sujeito (praticante e paciente): Julia;
- Pronome reflexivo: se;
- Verbo: penteia.
Neste exemplo, “Julia” é quem pratica a ação de pentear-se, e ao mesmo tempo, é quem recebe a ação.
- “Eu me levanto cedo.”
- Sujeito (praticante e paciente): eu;
- Pronome reflexivo: me;
- Verbo: levanto.
Aqui, “eu” é quem pratica a ação de levantar-se, e também é quem recebe a ação.